quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

FICHAMENTO II



Universidade de Brasília
Disciplina: Práticas Mediáticas da Educação
Professor: Pedro Andrade
Aluna: Anna Carolina Nadler Costa – 12/0007495

FICHAMENTO II
Cysneiros, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na sala de aula: melhoria do ensino ou inovação conservadora? – Informática Educativa- vol. 12, nº 1, 1999- Unidades- Lidie (PP 11-24).

1) Resumo:
O texto fala sobre uma visão diferente que o autor, Paulo Cysneiros, possui sobre o uso das tecnologias na escola e no processo de aprendizagem.
Ele começa desmistificando o ideal de que com equipamentos de qualidade e professores qualificados nas escolas são a solução para a inclusão da tecnologia, e continua falando que não há a melhora, mas sim só a mudança da forma que o professor explica um assunto. O professor simplesmente deixa de pegar um mapa mundi e coloca em um slide um mapa e apaga a luz da sala, com isso o professor não faz melhora nenhuma, só mostra pro aluno a mesma coisa que ele via antes, mas de uma forma que o induza a não prestar atenção.
O uso da internet e da digitalização dos trabalhos também é tratado, ele fala que com essa nova ideia de que trabalho só pode ser digitado facilita que o aluno apenas copie o que ele encontra na internet, já que muitas vezes os professores não sabem buscar ou procurar os objetos de estudo lá e por isso não sabem que o aluno copiou.
Mas acredito que a idéia principal desse texto é mostrar que a tecnologia deve ser adicionada a educação, mas não podemos deixar e lado o processo de aprendizagem comum, ou seja, o professor deve utilizar dos dois meios, sem deixar nenhum de lado. E no texto fala que utilizamos a tecnologia, que é mais cara, para fazer coisas muito simples e baratas.
Então, cabe a conscientização de como devemos utilizar adequadamente as tecnologias e nunca se esquecer de refletir pra que serve e se é mesmo necessário.

2) Citações principais do texto:
Mas também em tais escolas aprendi a ter um profundo respeito pela grande maioria de professores e professoras que desenvolveram formas criativas de ensinar e de educar, construídas dentro das limitações e das condições existentes. À partir desta atitude de respeito, de aprendizagem mútua, tem sido possível experimentar novas abordagens, com alguns sucessos em meio a alguns fracassos. (Página 2)
Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem contribuir para melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro lado, também não adoto o discurso dos defensores da nova tecnologia educacional, que mostram as mazelas da escolas (algo muito fácil de se fazer), deixando implícito que nossos professores são dinossauros avessos a mudanças. É um discurso tentando nos convencer a dar mais importância a objetos virtuais, apresentados em telinhas bidimensionais, deixando implícito que a aprendizagem com objetos concretos em tempos e espaços reais está obsoleta. (Página 4)
O fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas para melhoria da qualidade do ensino. (Página 5)
Não quero com isso afirmar que tais tecnologias de exposição não são úteis. São sim, nas mãos de mestres criativos, dentro de contextos apropriados. (Página6)
Tal tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido a lição, pois tudo que o mestre escreveu está ali, gravado, do jeito dele, com os mesmos espaços, tamanhos, etc. Esse sentimento é ilusório, como todo mundo que já passou pela escola sabe. (Página 7)
Alguns professores experientes percebem que quase nada mudou na sala de aula, porém outros, talvez iludidos por um suposto efeito do computador, vêm vantagens nas novas formas de apresentar o conteúdo, algumas vezes reforçadas por um discurso defendendo o construtivismo ou outros conceitos da moda, pouco ou mal-compreendidos. Os alunos também se cansam facilmente após o efeito da novidade. (Página 8)
 presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos modos de aprender. (Página 8)
Nossas escolas públicas e professores, como vimos no início deste trabalho, ainda não possuem ambientes favoráveis a este tipo de atividade. Isto, no entanto, não significa que não devamos iniciá-la, que o professor desista de experimentar, de ousar. (Página 13)

4)Questionamentos (questões levantadas e dúvidas):
Depois de ler o texto fica claro a dificuldade de como é possível lidar com as tecnologias no processo de aprendizagem e que muitas vezes os professores, mesmo depois de terem feito cursos, não conseguem fazer com que o uso das tecnologias se tornem interessantes pro alunos. Então quais seriam as atitudes que o professor deveria tomar para tornar esse processo prazeroso pros alunos? A escola teria que prestar algum projeto que possa tornar isso em algo bom ou só cabe ao professor? E será que a escola e professor têm a consciência de que essa tecnologia não traz mudanças significativas para a educação?